segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O baile

Corpos em movimento,
Mentes que bailam no sentido inebriante da música.

No compasso dos corpos teus sentidos se inebriam,
Se perdem aos poucos.

Tua pele exala ânsia, torpor.
Teus movimentos dizem, como dizem do teu ser.

Ser que dança, que baila, atormenta!
Ser que sente, que vibra com o som e tem, por fim, os sentidos inertes.

Desatino!
Breve lamento que dança comigo,
Embala meu corpo,
Pede música,
O fim do lamento,
O início do baile que aprisiona o tormento.

Enquanto tem os sentidos dormentes sente o movimento das mãos numa mesa de bar.
A fumaça do cigarro parece dissipar-se rapidamente.

Sem data. Provavelmente 2004.