segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Espera

Tenho andado impaciente,
Com a garganta seca,
A voz trêmula.

Tenho tido frio,
Desespero.

Tenho estado aqui, sentada, vendo o tempo passar.

Tenho tido sonhos estranhos,
Visões inaudíveis.

Tenho escutado a tua voz,
E outras vozes,
Milhares de vozes.
Algumas sem som.

Tenho me sentido forte,
Com medo.

Tenho sido muitas para manter constância.

Tenho passado ao lado da consciência e calada continuo.

Enquanto espero ainda fumo meu cigarro!

Pelotas - POA, C. 2004 - c. 2011.