quinta-feira, 22 de maio de 2014

Açude

Carne





Sonhei com este poema no ano passado. No sonho me ocorreram apenas algumas palavras, não sabia que poema era, fui procurar.
Fiquei impressionada com a memória inconsciente. O poema tinha uma relação direta com o sonho.


Se fiquei esperando,
Andei olhando
A imensa onda de carma
Que atravessa o mundo.

O mundo é de carne,
E andei ouvindo
Vozes distantes e reais,
Humanas demais.

Se fiquei esperando,
Fechei os olhos por um instante
Vi apenas pensamentos confusos
Entrelaçados à verdade.

O mundo é de terra
E barro vermelho,
Eu sou de carne
E sangue vermelho.


No sonho, o barro vermelho era da estrada em uma coxilha onde passei parte da infância, mas isso não diz muito...
Ah, ia me esquecendo, como gosto de marcar as datas, o poema foi escrito em 04 de julho de 2004.
Fotografia de 21 de novembro de 2021.