sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Sem título

Paraíso paralisante,
Sem prantos,
Nem espantos,
Nem espasmos inconstantes.

Importante mesmo é a brisa suave,
E a umidade que cobre o morro.

No balanço do mar,
Seja cinza, azul ou verde,
Está a beleza da vida,
O canto permanente da lua,
Semblante suave,
Leve desatino.

O outono e o cruzeiro do sul

Como gosto de ver-te cruzeiro do sul,
E saber que há mais do que posso ver,
E crer que há mais que esta vida breve,
Que estes dias vãos.

Como gosto de ver-te céu azul escuro,
E saber que o amor testemunha
O quanto ainda tenho que viver.

O verão já se vai,
Chega o outono com sua brisa suave,
Suaves dias,
Menos que vãos.

Desterro, 21 de março de 2015.