O tempo se dá a observar.
Pára e se limita ao contar das horas.
O tempo das notas de música.
É onde venta o sentido simples de existir.
Mesmo onde o tempo mostra suas garras e aparta qualquer controle.
Apaga-se o tempo dos relógios.
Os dias afastam-se da racionalidade.
É onde venta outro tempo.
Outra percepção do sentido.
Outro tempo distante das horas.
E até mesmo do tempo do sol.
Do tempo das marés vem o vento,
Que dá sentido à sequência de momentos dispersos.
- Que querias dizer sobre o Tempo?
- Não tenho muito a dizer. Percebo o tempo inconstante.
Perdido em seu próprio sentido, surgido das cinzas, do tempo perdido.
E antes nunca encontrado.
Tempo que não existe é existido!
Na minha máquina de escrever. c. 2004/5