sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quatro horas

São quatro horas da tarde,
E meu relógio parou.
As folhas ainda estão verdes,
Pois meu relógio parou.

São quatro horas no tempo e espaço.
Quatro horas de solidão,
Quatro de imensidão.

São apenas quatro horas,
O dia ainda é longo.

E o que são quatro horas diante do infinito.
Nesse infinito o tempo passa.
E não são quatro horas fora do meu tempo.
Meu relógio parou.

Quatro horas e fujo do tempo.
Quatro horas de medo, vazio.
Quatro horas olhando para uma parede branca.
E novamente,
Quatro horas da tarde.

28 de novembro de 2001.