quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Monólogo

Conheço teus caminhos,
E não deixas rastro.
-De onde vens?
Estás tão perto, com olhos fortuitos,
Mas de espiríto presente.
-E sabes quem procuras?
-O que queres conhecer?
Tens medo, eu sei.
Mas te avisei do perigo,
Naquelas manhas frias
Eu te disse que não teria fim.
-E queres sempre um novo começo.
Pois se houvesse constância,
pensarias que já não há razão,
Nenhuma busca mais.
Mas muitas vezes já te disse que a busca não tem fim.
É o que nos move e o que nos faz humanos.
Calo-me agora, minha voz é tua voz.

16 de janeiro de 2004.
11 de agosto de 2011.