sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ex-caos

Não há mais poesia!
Então há paz em ti?
Não mais embriaguez,
A realidade parece constante,
Como tuas palavras, certas, exatas.

A realidade no momento certo.
Sem motivo, sem sentido.
Violando os sentidos.
Transgredindo a lei púrpura.

Não há mais alucinações.
Nem motivo para o caos.

Abrigo silêncio profundo,
e o mais completo caos.
Abrigo os ares, tenho asas e bebo o vento.
Não sou realidade,
Nem exalo compreensão.

Não escrevo mais versos,
Nem acredito em você.
Não tenho mais pesadelos,
Nem sonhos.

Fica apagado, remoto.
Apenas a sombra de toda a febre de um dia passado.

E Aqui estão todas as palavras!
E você, sabe sentir?
Sabe existir longe do caos?
Mas não tem sentido,
Você não conheçe a dor.

Teu corpo suspenso,
Numa viagem eterna.
E é real?
Naquela noite,
Apenas estranha,
A última porta na parece cinza escuro.

Março de 2002.