quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mais uma vez o tempo

Tendo tempo pude perceber sinais de incompreensão.
Sinais de delírio,
Formas nas paredes.
Vi palavras escritas em velhos papéis.
Tive desassossego,
Medo da melancolia de um dia vazio.

Passam segundos, minutos, horas...
E meu relógio não pára.

À minha frente pensamentos inquietos.
E uma folha de papel rasgado.
O cheiro do pó que se acumula.
E não há humanidade,
Nem desapego.

A sala está vazia!
Tinha tantos planos.
Alguns ainda tenho,
Pouco perdidos, confusos.

Escrevo a anti-poesia.
Relatos da realidade inventada,
Pesada como algodão molhado,
Cheio de pó do tempo.

05 de julho de 2004.