sábado, 17 de fevereiro de 2024

É tempo ainda





 Desde o fim da tarde 

Me pego a observar

O ar fresco

A vida que brota

A calma de um sábado

Num solo onde me sinto raiz

Cuidei da terra

E vejo crescer as árvores que plantei 

Vejo as cores das flores

Os tons de verde

Posso ouvir o canto dos pássaros

Que cada vez mais

Vêm me visitar

Os tempos são difíceis 

Mas como dizia Brecht

Também há de se cantar os tempos de escuridão

Mas esses tempos são mais de claridade

Luzes elétricas e excesso de calor

A claridade que hipnotiza

Seduz pelo consumo

E destrói a mãe natureza.