domingo, 11 de setembro de 2011

Humana

Era ela!
Ali,
Numa esquina qualquer,
Chorando de frio,
Embriagada de medo.

Era ela!
A alma humana diante da vida!

Conflitos não a torturavam [Não tinha consciência!?].
Só a dor!!!
A dor dos conflitos a atingia.
Alma de muitos pecados?
Não, aqui eles não existem.

Não desejava conquistas!
Tinha anseios,
Mas apenas a vida queria!

Força igual não havia,
Mesmo em lutas injustas diante do caos!

Futuro não há. Passado? Não!
Somos todos iguais.
Todos os que torturam e os que são torturados.

A paz é utopia.
Guerra não é solução para nós.
Somos todos iguais,
Mas ela chora,
E não é ficção!

É só um pesadelo.
Mas o sono é profundo.
Acordar? Impossível?
Amplamente necessário.

Cláudia Tomaschewski

Agosto de 2000 - setembro de 2011.

sábado, 10 de setembro de 2011

Ócio

É que...
Às vezes me esqueço que a leitura é ócio,
E que a escrita é tentativa de movimento!

E me esqueço de quase tudo!
E bem sei que este esquecimento
Não é a melhor das virtudes para alguém que pretende escrever sobre o passado.

E Que merda!
Ainda que esqueça de muito, me lembro do vazio que é a escrita.

-Vazio?
-Se o texto fala?
Pelo menos textos bem escritos são possíveis de ser lidos,
Mesmo que não exista realidade possível.
E não há realidade possível!

Sem data. Num dos tantos momentos em que estava travada para escrever em 2006.

Espelhos

Fumei algumas dezenas de cigarros pensando em que seria o sentir.
E devo ficar pensando mais umas tantas horas sem sono!
Horas inúteis, porque vazias!
Remetem a tantos outros silêncios...

E vaga a lucidez em busca de palavras!
Reduz-se ao silêncio das horas inquietas onde perâmbula o não-ser,
Gira na realidade,
Retoma a frenética dança do tempo,
Baila no espaço,
Onde encontra novamente o vazio!

22 de outubro de 2004.

A filha do vento

Cala-te!
Pois sois filha do vento e a ele temes.
Temes a dor?
Temes a ti?
Como podes negar teus sentidos, se ao menos imagina que os tem?

Cala-te!
Não quero mais palavras fúteis,
Certezas incertas,
Verdades erradas!

O erro!
Que erro?
Quem sois para julgar?
Não julgas a ti mesma!

Pensas...
Te perdes!
Achas certezas que te inebriam de uma falsa ventura.

- Quem sois, afinal?
- Não te disse quem sou?
Sou tua sombra, minha sombra,
Teu passo, meu passeio,
E sei por onde passas,
Onde vagas procurando.

A procura nunca cessa.
Tenho-te aqui, viva, mas inerte...
Não sabes morrer em mim,
Nem sabes.

Sem data.

domingo, 4 de setembro de 2011

Vagamundo

Vagabunda é aquela que vaga pelo mundo,
Procurando...
E a busca nunca cessa,
É a Vida!

Porto Alegre, Ago-set 2011.