quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Uma noite

 

 


Quando tudo parece tão sólido,
O que desmancha no ar não são as cordas do teu violino.
São as cordas do sentir que atravessam as paredes vazias.

E onde está o silêncio?
Onde está a solidão,
Que presa à garganta desata os pesados nós da vivência?

O que desmancha no ar,
Não é o teu ser constante.
É um arremedo do meu ser confuso.
São as sólidas marcas do tempo que me fazem existir.
São as marcas do medo perdido,
E o desatino da compreensão.

Destas palavras,
Se fez o caos.
Do caos,
Se fez o sossego.
E a inquietude persiste nas insertivas do eu,
Sem definição,
Perdido nos momentos, movimentos em torno da vida,
Causa do meu desassossego.

Pela inquietude respondo aos gritos.
Passos incertos perseguem as poucas noites de total compreensão.
Mas isto é somente arremedo,
A noite já passou. 

Poema sem data.
Fotografia de 14 de junho de 2022.
 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

El querer


Si me quieres,
Me buscarás,
Como el río busca el mar.

Si me quieres,
No me olvidarás,
Aunque lo quieras.

Si me quieres,
Soy tuya para que me ames,
Y no para que me possuas,

Si me quieres,
Tendrás que cuidar,
De no hacerme llorar.

Si me quieres,
Me acompaña,
Y asi yo también te acompañaré.

Si me quires,
No me dejes esperando,
Yo te quiero,
Pero aprendi a querer más a mi.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Os pássaros

terça-feira, 9 de julho de 2013

El olvido

Si ya no te puedo olvidar
Que el tiempo se encargue de llevarte de mi ?
Que haces ainda en mi memoria?
Que se vayan las tardes de sol,
Las manhañas de mate y charla.
Si ya no te puedo olvidar, Que hacer?
Dejaré que el sucessivo nacer y morir de los días haga también morir tu amor.
Se ya no te puedo olvidar, que esteja tranquila,
Que haga sentido en el continuo desarrollar del tiempo.
 Si ya no te puedo olvidar, que no me olvide de mi.
Que te vayas bien, Lejos estás, Y quedarás por el camiño.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Um dia vou pro mar

Minha cidade não tem mar, Nem nunca teve. Nunca tiveram mar as cidade que morei. Mas um dia... Ah, um dia vou morar perto do mar! Para cantar como Neruda, A beleza das ondas beijando a areia. Não tenho Matilde, Não tenho um amor para a vida. Mas um dia... Talvez um dia eu tenha. E, se depois de tudo, Se no fim da vida, Não tiver um companheiro para olhar o mar, Sei que não vou estar só, Pois o mar é meu lugar. E não há solidão quando se encontra o lar.