sábado, 30 de julho de 2011

O trem e os dias I

Longo dia.
Espírito inexistênte,
Ou longe demais.

Língua veloz,
Um só relâmpago!

E nós, ainda aqui,
Esperando.
Bebendo da fonte esquecida.
A voz, quase não ouvida.

Mas quem ainda espera?
Além de nós,
Quase todos esperam,
De tanto gritar não tem mais voz.

Quase perdidos,
Ou esquecidos.
Semblante sereno da pálida dor.

Pelotas, Carnaval de 2004.