quinta-feira, 7 de julho de 2011

Da linha do tempo à realidade

Você espera que eu diga apenas uma palavra sensata.
Pensa que dentro ecoa a razão.
Quer que eu durma somente uma noite,
Acorde com o sol,
Volte à realidade descendo da árvore dos momentos.

Você espera que nunca haja tempo.
Mas a noite é meu refúgio.
Abriga minhas confissões, e tem estrelas também.
Então meu vício é a loucura?
Isso que você chama loucura sem ver o mundo real das pequenas flores negras.

O que é real?
A beleza podre? A piedade dos anjos?
E como esperar mais que poeira azulada?
Quem é você? Onde está agora?
Esperando o sol? Tendo bons sonhos?
Caindo no chão? No barro vermelho?

Você espera que a vida seja real.
E espera atrás da muralha de pedra cinza.
Com olhos vendados,
Segue caminhos traçados,
Cobertos de flores amarelas envenenadas.

10/12/2001.