sábado, 30 de julho de 2011

O trem e os dias IV

Perto dos trilhos do trem.
A estação inundada de água doce.
Eu ainda inerte.

É o mesmo céu,
Num azul mais profundo.
E o que venho pedir às palavras tua voz confunde.

Mas fica sempre a certeza do maciço ferro dos trilhos.
E nenhum sentimento! Nem a vida toda, apaga a tua voz.

E o mesmo tempo,
Que apodrece a madeira,
Que esvai a vida,
Não apaga tua voz.

Pelotas. No "quadrado" à tarde.