Perto dos trilhos do trem.
A estação inundada de água doce.
Eu ainda inerte.
É o mesmo céu,
Num azul mais profundo.
E o que venho pedir às palavras tua voz confunde.
Mas fica sempre a certeza do maciço ferro dos trilhos.
E nenhum sentimento! Nem a vida toda, apaga a tua voz.
E o mesmo tempo,
Que apodrece a madeira,
Que esvai a vida,
Não apaga tua voz.
Pelotas. No "quadrado" à tarde.