Tarde demais,
Tão cinza!
Sombras por todos os lados,
Silêncio vasto,
Vaga escuridão.
Sem poesia, nem encanto tudo é tão real.
Não há calor humano,
Nem lágrimas!
Não há sentimento algum no tempo,
Que agora sinto presente.
Não há direção contrária,
Nem os sentidos podem transpor.
Apenas existe a dor,
De um sentido ausente.
Sons de vida sem consciência,
Em um tempo de lástimas amargas, opacas.
Insensíveis nós,
Quase imperceptíveis causas.
Pelotas 15 de abril de 2001.