quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O grito

Hoje,
Procuro em silêncio a sombra da paz de algum dia distante.
Procuro nas linhas vagas do meu rosto um pouco de equilíbrio.
Busco fugir da imensidão dos segundos,
E das horas frias de um calor tórrido,
Do sol que queima escondido entre as nuvens de chuva,
Que não chove,
Mas pinga aos poucos dentro de mim as sensações de dor que procuro não sentir.

Às vezes quero explicar tudo!
Às vezes me despir diante da vida,
E gritar de braços abertos que não tenho medo!

Outras vezes,
Nâo quero mais chorar,
Nem descobrir o motivo da tristeza.

Hoje busco consciência,
Nunca tive, sempre busquei.
Busco perdão sem saber o motivo!

Vou gritar bem alto,
Mentir que tenho coragem!
Fingir que sou forte,
E que tenho razão.

Pelotas, fevereiro de 2001.