terça-feira, 6 de junho de 2023

Para ver o sol

 

Há poesia na rosa
E também no espinho.
Tenho muitos sonhos
Gritos desesperados
Vozes rebeldes
E algumas doses de insensatez.

Canto sons inebriantes
Habito noites sem sono
Tenho palavras não ditas
E voando em torno de mim
Mosquitos verdes da incompreensão.

Há poesia no grito
E também no silêncio.
Ouço muitas vozes
Não tenho voz!
E grito no silêncio perturbador da melancolia,
Sempre correndo para ver o sol.

Poema escrito em Pelotas, 30 de maio de 2004. Fotografia do sol nascendo na praia do Moçambique, em 02 de novembro de 2020.