Pra existir, a vida em si é razão.
Meu coração degela em dor constante
E prantos tenho de sobra.
Sou o nada no deserto
E tenho dito poucas palavras
Apenas restos de mim
Vagam no frio das madrugadas geladas
da incompreensão.
Sinto, não sei se sinto.
Tenho uma ânsia constante
e um pouco de desespero.
Que fluam as coisas
Que fluam as marés
E as palavras.
Em 21 de julho de 2004.