As
coisas não são separadas,
É
tudo junto mesmo no Planeta,
E
no Universo também!
O
pensamento cartesiano é que faz as coisas descartáveis.
É
um mundo sem conexão.
Descarte
o Descartes,
E
a ilusão do conhecimento objetivo.
Descartamos
comida,
E
há gente que não tem o que comer!
Descarte
o Descartes,
Chega
de um pensamento tão raso.
Basta
já de franceses e ingleses do século XVII!
Descarte
também o Newton e o Locke.
Não
me venha com essa de que as terras indígenas não são produtivas,
A
sua produtividade está acabando com a nossa vida!
A
agricultura indígena produz vida!
O
agronegócio produz morte!
E
se a questão é o avando da ciência:
os
Tupinambá já estavam bem à frente do tal do Newton.
Você
pensa que seu celular é muito moderno?
E
de onde veio boa parte dos metais contidos nele?
Do
arcaico trabalho escravo infantil moderno!
Não
me venha com essa de que faço a minha parte,
Eu
também faço, mas mesmo assim estou incorforme,
É
muita maldade, muita ignorância!
Vamos
descartar essa economia consumista,
Destruidora
do Planeta e da Vida!
Basta
já dos plásticos,
Basta
de indústrias poluidoras.
Não
às armas,
Pois
é justamente onde se sustenta o Império,
Na
guerra sem motivos,
Na
destruição e sofrimento dos povos!
Vamos
descartar as indústrias mais lucrativas,
Consumir
menos drogas vendidas nas farmácias!
Apoiando
a saúde pública gratuita,
E
o fácil acesso àqueles que necessitam dessa indústria para viver.
Que
as pesquisas da área médica e os praticantes da medicina se ocupem
mais em mitigar os males humanos,
E
menos em ganhar brindes e viagens das indústrias que só visam ao
mercado!
Viva
aos Povos Indígenas,
Viva
aos Quilombolas,
Viva
aos camponeses, agricultores agroecológicos, ao MST,
E à todas as que lutam para que da terra se crie vida!
Que
a força da vida seja maior que o espírito doentio e destruidor do
Capital!
São
João do Rio Vermelho, entre 18 e 21 de outubro de 2016.